A pandemia do Sars-Cov2, o Coronavírus tem deixado cidadãos brasileiros com dúvidas, porém muita gente ainda reluta em atender às determinações das autoridades para permanecer em casa. O mesmo aconteceu na Espanha, segundo país da Europa em número de casos da doença, depois da Itália. Nessa quarta-feira (18), o país da península Ibérica contabilizava 13.700 casos da COVID-19 e 588 mortes. No último fim de semana o governo espanhol decretou “Estado de Emergência” e determinou de 47 milhões de pessoas permaneçam em casa pelos próximos 15 dias.
Dentre esses cidadãos está a servidora pública muzambinhense Bárbara de Carvalho Garcia, que está desde o ano passado em Barcelona fazendo intercâmbio. Ela relatou a situação para o Portal da Cidade Guaxupé.
“ Quando começou a surgir, todo mundo estava saindo para rua, festa, igual está aí no Brasil. A diferença é que aqui faz frio e aí faz calor. Então aqui é mais difícil para conseguir eliminar o vírus. Por fazer frio o contágio é maior. De início, pela minha percepção, o que dou de conselho é não sair de casa. Tanta que algumas escolas daí já paralisaram. A escola que minha trabalha (em Muzambinho) já está paralisada. As pessoas têm que colocar na cabeça que não é férias. O negócio é sinistro. Vou usar essa palavra porque está sinistro mesmo. Tem muita gente morrendo”, ressalta Bárbara.
Segundo a sulmineira, a rotina dos espanhóis mudou com o decreto de “Estado de Emergência”, mas algumas pessoas ainda não levaram a sério a situação.
Aqui na Espanha já está com 14 mil infectados. Tem gente achando que é brincadeira, mas é sério. “Não sair de casa é o mais importante, somente se for necessário. Aqui já está com multa. A última vez eu vi estava de 100 euros a 30 mil euros dependendo da situação que você se encontrar. Então não pode sair na rua. A gente tem 15 dias para ficar dentro de casa, em quarentena, que é por enquanto o tempo que foi estipulado. Não sei se vai aumentar ou não”, revela.
Segundo Bárbara, para sair de casa, os espanhóis estão adotando novos hábitos.
Perigo ao sair
Bárbara mora no bairro La Sagrera, em Barcelona, na região da autônoma da Catalunha. Lá somente comércios essenciais como mercados e farmácias estão em funcionamento.
“Está aberto mercado e farmácia, mas mesmo assim com todas as medidas de saúde como precaução: um metro de distância. Em farmácia pequena entra de quatro em quatro pessoas. Não pode entrar mais e lá fora fica fila com um metro de distância de cada pessoa. Todo mundo que sai pra rua sai de luva e de máscara. Está faltando as coisas no mercado. Hoje fui ao mercado porque precisava comprar alimento. Os mercados aqui têm loja de roupas e eletrodoméstico em um único lugar. A parte de roupa e de eletrodoméstico não estão funcionando. Apenas a parte de alimentação. A parte de alimentação mais básica, como arroz, batata, fruta, essa coisas, estão chegando”, explica
Situação no Brasil
A servidora orienta a população a seguir as medidas sanitárias propostas pelas autoridades de saúde. “. Senão quiser ficar sem dinheiro, tudo bem, mas vai morrer. O que adianta ter dinheiro e não estar vivo para gastar? Ressaltando, minha dica é “quedarse en casa” (ficar em casa). Parar de achar que é férias. Não é para fazer churrasquinho com os amigos, não é para ir na casa do amiguinho que não vê faz tempo. E para ficar quieto em casa, sossegado, jogar palavra cruzada, fazer o que quiser fazer. Tem que aproveitar que aí tem menos caso que aqui na Espanha. De fechar a porta para esse vírus. E está mais fácil combater aí que começou agora, do que aqui que já está alastrado. A polícia está trabalhando dia e noite, pessoas da área da saúde também. Então não é brincadeira”, orienta.
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