Portal da Cidade Guaxupé

Após 5 meses

Corretora de São José do Rio Pardo ainda continua desaparecida em Brumadinho

Maria Lurdes da Costa Bueno estava na Pousada Nova Estância com o marido, dois enteados e a nora grávida no momento do rompimento da barragem da mina.

Publicado em 25/06/2019 às 08:37
Atualizado em

Malu ainda está entre os desaparecidos no rompimento da barragem de Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho. (Foto: Reprodução/Facebook)

Cinco meses depois do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), 24 pessoas ainda estão desaparecidas. Entre as vítimas que ainda não foram localizadas está a corretora de imóveis Maria Lurdes da Costa Bueno, 59 anos, da cidade de São José do Rio Pardo (SP), a 49 km de Guaxupé. O corpo do marido do Maria Lurdes, Adriano Ribeiro Silva, 61; dos enteados Camila Taliberti Silva, 33 anos, Luiz Taliberti Ribeiro Silva, 31; e da nora Fernanda Damian de Almeida, 30 anos foram localizados nos primeiros dias após a tragédia.

A filha de Maria Lurdes, a consultora de inteligência de marketing Patrícia Borelli, mora nos Estados Unidos e ainda busca notícias sobre o paradeiro da mãe.

Responsabilização

Em Abril, os familiares de Adriano e Fernanda entraram com uma ação por danos morais no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para que a Vale pague uma indenização de R$ 40 milhões – R$ 10 milhões para cada vida perdida.

Patrícia ainda não pretende entrar com o processo para a responsabilização das empresas até que a identificação seja feita. 

“Para mim, agora não é o momento, mas certamente a gente vai procurar a Justiça para que, por algum caminho, as empresas sejam responsabilizadas. A indenização não vai fazer diferença para a vida da minha mãe, mas mexer com o dinheiro deles é uma forma de prevenir que isso não aconteça nunca mais no futuro. Isso é uma parte importante da peça, mas é uma briga longa”, disse a filha de Maria de Lurdes ao G1.

A família estava hospedada na Pousada Nova Estância, a pedido do filho do empresário e arquiteto Luiz Taliberti Ribeiro da Silva, de 31 anos, que tinha o sonho de conhecer o Instituto Inhotim.

Os nomes das cinco vítimas foram incluídos em 27 de janeiro na lista de desaparecidos.

Em 30 de janeiro, o corpo de arquiteto foi reconhecido. No dia seguinte, os corpos do empresário e da filha também. Já o corpo da noiva Fernanda foi identificado em 17 de fevereiro.

O rompimento da barragem deixou 270 mortos e desaparecidos. Vinte quatro pessoas ainda não foram encontradas. No dia quatro de junho, o Corpo de Bombeiros localizou um corpo inteiro em meio à lama. Segundo a corporação, não há prazo para o fim das buscas. Militares de todo o estado se revezam nas buscas. Três bombeiros militares do pelotão de Guaxupé participaram dos trabalhos.

*Com Informações do G1 São Carlos e Araraquara.


Fonte:

Deixe seu comentário