Neste sábado (14) acontecerá o Eclipse Anular do Sol que será visível em todo Brasil e completo em regiões do Norte e Nordeste. Neste fenômeno astronômico a lua se alinha entre a Terra e o Sol, cobrindo a maior parte do disco solar, deixando apenas um "anel de fogo”. Em nenhuma hipótese se deve observar diretamente o eclipse sem equipamentos próprios para esse fim, pois pode causar danos permanentes à visão.
Em um eclipse total do Sol a Lua cobre completamente o disco solar, deixando apenas a coroa solar visível. A principal diferença é que no eclipse anular a Lua está mais distante da Terra e seu diâmetro aparente não fica exatamente igual ao diâmetro aparente do Sol, exibindo uma borda brilhante ao redor. O evento astronômico será visível no Brasil durante 2h07, começando por volta das 15h (horário de Brasília) e chegando ao ápice às 16h51. O término está previsto para 17h50. O último ocorreu em junho de 2021, mas não foi visível em solo brasileiro
O Observatório Nacional vai transmitir o eclipse anular do Sol em uma edição do evento virtual "O céu em sua casa: observação remota". Essa é uma ótima opção para as pessoas acompanharem o evento com segurança. A transmissão do eclipse solar acontecerá desde o seu início na costa leste do EUA às 11h30 até o seu final no leste brasileiro às 17h30. Acesse pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=SoS0tV61z9Y.
Como acontece o Eclipse Anular
“Tanto no eclipse total quanto no anular a Lua está alinhada entre a Terra e o Sol, bloqueando toda ou a maior parte da luz do Sol em uma parte da superfície da Terra. A sombra mais escura, onde toda a luz solar é bloqueada, é chamada umbra. Em torno da umbra se define a sombra mais clara, a penumbra, onde a luz solar é parcialmente bloqueada e o eclipse é visto como parcial”, explica a Dra. Josina Nascimento, do Observatório Nacional.
Esse tipo de eclipse ocorre quando a Lua está em seu apogeu, o ponto mais distante de sua órbita da Terra. Nesse momento, a Lua parece menor do que o Sol no céu, o que permite que o "anel de fogo" seja visível durante o eclipse.
Como observar o eclipse com segurança
Apesar da grande expectativa de quem gosta de ver eventos astronômicos, nunca se deve olhar diretamente para o Sol, seja no eclipse ou em ocasiões comuns, nem mesmo com o uso de películas de raio-x, óculos escuros ou outro material caseiro. A exposição, mesmo de poucos segundos, danifica a retina de modo irreversível.
Existem duas formas de se observar o eclipse com segurança: direta ou indiretamente. A observação direta é aquela feita sem o uso de projeções, e pode ser feita com o uso de um instrumento especialmente adaptado para esse fim, como por exemplo, um “óculos de eclipse”. Assim, o ideal é que se use filtros para a observação. Entretanto, também é importante o uso de filtros adequados e, mesmo assim, a observação não deve se estender por mais do que alguns segundos. A melhor opção é o filtro de soldador número 14 ou maior (ISO 12312-2).
É ainda mais importante ressaltar que observar o Sol com algum instrumento óptico como binóculo ou telescópio só é permitido sob orientação de astrônomos experientes e que
saberão os filtros corretos a serem utilizados Portanto, não utilize nenhum instrumento para a observação que não tenha sido preparado por profissionais.
Já a observação indireta é aquela feita através de uma projeção, sem o auxílio de qualquer instrumento óptico. (Saiba mais em: https://eclipse.aas.org/eye-safety).
*Com informações de Observatório Nacional