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Tatuadora guaxupeana realiza tatuagens gratuitas para mulheres mastectomizadas

Projeto Fênix tem o objetivo de aumentar a autoestima de mulheres que enfrentaram o câncer de mama.

Publicado em 19/10/2021 às 20:59

Dayane (à esq.) e Natashi (dir) do Meddusa Tatto e Piercing promovem o Projeto Fênix, para aumentar a autoestima de mulheres mastectomizadas. (Foto: Carol Negrão/ Portal da Cidade)

Tatuagem é capaz de representar mamilos em mulheres mastectomizadas (Foto: Reprodução/ Instagram)

No ano de 2021, mais de 66 mil pessoas deverão ser diagnosticadas com câncer de mama no Brasil, segundo estimativa  do Instituto de Câncer (INCA). A maiorias desses casos é de mulheres e o tratamento para alguns deles é mastectomia, a retirada da mama. Pensando na situação dessas mulheres mastectomizadas, a tatuadora Dayane Duarte fará tatuagens gratuitas para mulheres que retiraram a mama, através do Projeto Fênix. A mulher pode escolher por uma tatuagem 3D de um mamilo ou uma tatuagem artística.

'O mamilo é um símbolo da feminilidade da mulher. A mulher se sente feminina. A maioria tem essa questão. A gente não faz apenas a auréola e o mamilo. tem mulheres que não querem refazer, daí pode fazer uma tatuagem artística mesmo, porque fica o corte. Eu deixo para a mulher escolher. Para algumas não faz sentido passar por tudo que passou e ter a tatuagem do mamilo", explica tatuadora.

Pedido diferente

Dayane, que é formada em química industrial, deixou a carreira na cooperativa para dedicar-se à tatuagem em 2019 e mantém o Meddusa Tatto Bodu Percing com a sócia, Natashi Karina. O Projeto Fênix nasceu depois que foi procurada por uma mulher mastectomizada.

"Ela me procurou e perguntou se eu fazia. Ela me contatou a história dela, que tinha retirado uma mama, ela usava sutiã com prótese. E aquilo mexeu muito comigo. Muita gente procura para fazer pelo fato de eu ser mulher e ela se sente à vontade", conta a tatuadora, que realizou o curso de tatuagem de auréola e mamilo em março.

Na região, Dayane é uma das poucas que se aperfeiçoou na técnica, que para muitos pode parecer simples, mas defeitos e assimetrias tornam cada tatuagem única. 

"É preciso ter este estudo de tonalidade de pele formato. E tem que tentar fazer até defeitos mesmo. Porque não é redondinho certinho', ressalta ela, que já tem experiência na tatuagem das auréolas. "Não é uma coisa que eu faço do jeito quero. A gente vai mostrando para a pessoa para ficar do jeito que ela gosta".

O Projeto Fênix atende pelo menos uma mulher por mês.

"A gente faz uma entrevista com a mulher antes e também precisa da liberação médica. E geralmente é depois de dois anos da mastectomia que pode fazer a tatuagem por causa da medicação", finaliza. 

As mulheres mastectomizadas que desejam participar do projeto podem entrar em contato pelo 𝘞𝘩𝘢𝘵𝘴𝘈𝘱𝘱 (35) 99218-3610.

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