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Chuva

População reclama da falta de planejamento para evitar enchentes em Guaxupé

Nas redes socais, moradores criticaram a falta de políticas públicas para evitar enchentes nos pontos mais comuns da cidade.

Publicado em 14/01/2020 às 21:52

Enquanto água já havia escoado em vários pontos, alagamento da Rua Bárbara Heliodora, na Vila Rica, continuava alto. (Foto: Carol Negrão)

O que a ruas Antônio dos Santos Coragem, Bárbara Heliodora, Sebastião Resende, Avenida Conde Ribeiro, Avenida Dr. João Carlos e Rua Jeremias Zerbini possuem em comum? Todas são pontos onde as enchentes são comuns. E na última segunda-feira (13), não foi diferente quando a cidade foi atingida por uma forte tempestade. Segundo a prefeitura, foram registrados mais de 74 milímetros de chuva. Já segundo a estação meteorológica do Complexo Industrial Japy, da Cooxupé, foram registrados 38 milímetros de chuva- segundo maior volume de chuva para o mês.

No dia 3 de janeiro, a estação da Cooxupé registrou 91 milímetros de chuva em Guaxupé, e os pontos de alagamentos na cidade foram menores.

Relatório o SISMET, da Cooxupé mostra o volume de chuvas em Guaxupé no mês de janeiro. (Foto: Reprodução SISMET)

Nas redes sociais e também pelas ruas atingidas, os guaxupeanos não pouparam críticas à falta de planejamento para evitar problemas como este.

Na última segunda-feira (13), logo após a tempestade, a reportagem do Portal da Cidade foi à casa de uma idosa na Rua Sebastião Resende, no Parque da Figueira. Há 37 anos morando no bairro, ela contou que os alagamentos têm se tornado comuns na casa dela e esta foi a terceira vez que fato acontece. O filho da idosa precisou sair do trabalho mais cedo para dar auxilio à mãe e limpar a casa com mangueira para retirar a lama que entrou na sala, quartos, banheiro e cozinha.

Em todas as chuvas fortes, os bloquetes da Rua Sebastião Resende, no Parque da Figueira, são levados pela água. (Foto: Carol Negrão)

“Já pedimos ajuda, isso tem se tornado frequente desde que começaram a obra no terreno lá em cima”, disse a idosa, que não quis ter o nome divulgado.

Nas redes sociais as críticas continuaram. Uma moradora da Rua Antônio dos Santos Coragem, a Rua do Buracão, onde carros ficaram parcialmente submersos pediu socorro ao município.

Moradora pede socorro ao poder público. (Foto: reprodução/ Facebook)

Em outra postagem, um cidadão criticou o uso de verba no Natal e falta de obras de melhoria para o escoamento da água na rua “Buracão”.

(Foto: Reprodução/ Facebook)

Memes 

Em meio ao caos, uma página usou o humor para chamar a atenção para o problema. Montagens da Rua Buracão e do cruzamento das Avenidas do Inconfidentes e Conde Ribeiro do Vale mostram submarino em meio ao alagamento.


Lixo

Segundo a prefeitura, os alagamentos foram causados por lixo e materiais de construção que entupiram bueiros e boca de lobos.

“A forte chuva que derrubou muros deixando ruas e avenida com pontos de alagamento foi suficiente também para arrastar sacos de lixo e materiais de construção civil que são depositados irregularmente em calçadas. Além disso, foram constatados bueiros no centro da cidade com carpetes, papelão e outros materiais usados para vedá-los, tudo também utilizados de forma irregular”, informou o município em matéria feita pela Assessoria de Comunicação.

A Prefeitura informou ainda que desde 2013 trabalha a conscientização da população para que não deixe sacos com lixo nas calçadas ou canteiros centrais, assim como proíbe através de Lei Municipal o depósito de materiais de construção (pedra brita, areia e terra) em via pública. 

“Fomos surpreendidos por uma tempestade que iniciou por volta das 15h20 e durou quase 01h30. A quantidade de água foi assustadora”, disse Edson Kilian, chefe da Defesa Civil de Guaxupé. 

“A chuva nem havia parado e já estávamos com nossas equipes nas ruas, atendendo as ocorrências como queda de muro, alagamentos, afundamento de galeria pluvial, entre outras. Chamou nossa atenção a velocidade com que a água subiu na parte baixa da cidade, como por exemplo, na Avenida Conde Ribeiro do Valle, Rua Antonio dos Santos Coragem e outras ruas mais, como também a velocidade com que ela foi drenada e abaixou em poucos minutos. Mas o que devemos observar também foram bueiros obstruídos com materiais que as próprias pessoas colocam para evitar o mau-cheiro ou presença de baratas, mas que durante uma tempestade dessa acaba trazendo sérios problemas, pois dificulta a drenagem da água. Observamos também uma grande quantidade de sacos de lixo boiando e depois que a água abaixou, um volume considerável de material de construção, principalmente areia e pedra brita que foram arrastados pela enxurrada”, explicou José Luiz Ribeiro, diretor no Barracão de Obras.

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