A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) estima que o pico da pandemia do coronavírus em Minas Gerais será alcançado nos próximos dias, precisamente na quarta-feira (15). Com a proximidade deste ponto da curva, do qual o Estado está distante apenas por algumas horas, os números relacionados à infecção nos municípios mineiros crescem de forma alarmante desde o mês passado. Balanço publicado nesta segunda-feira (13) aponta que, entre março e esta manhã, 76.822 diagnósticos da doença tiveram confirmação do órgão estadual. Entre eles, há 1.615 mortes ocorridas em função da Covid-19.
A quantidade de infectados praticamente quadruplicou nos últimos 30 dias – em 13 de junho o balanço epidemiológico havia apontado cerca de 20,6 mil mineiros contaminados pelo coronavírus. Cenário semelhante pode ser encontrado em relação ao número de óbitos em decorrência da Covid-19. Até aquela data, 454 moradores do Estado haviam morrido após contraírem a doença, um número três vezes e meia menor que o detectado nesta segunda-feira (13). Documento publicado pela SES-MG nesta manhã aponta ainda que 971 diagnósticos foram confirmados apenas nas últimas 24 horas. Trinta e nove mortes entraram para a lista de óbitos da pasta desde a véspera.
Ainda segundo o relatório, a pandemia se alastrou por 757 cidades de Minas Gerais, cerca de 88,7% dos municípios mineiros, o que significa que não há casos apenas em 96 dos aqui existentes. Tal como a quantidade de infectados, os óbitos não estão restritos a algumas localidades, e, de acordo com a estatística da Saúde, 305 municípios mineiros já registraram óbitos. A taxa de letalidade da doença em Minas Gerais está próxima de 2,1%, sendo que a Covid-19 acomete de forma fatal principalmente aqueles pacientes que já sofriam de comorbidades, como problemas cardiovasculares, hipertensão e diabetes. Quanto à faixa etária, os mais afetados são aqueles com idades acima de 60 anos – representam 76% dos óbitos.
Outro dado contido no documento refere-se às hospitalizações no Estado. De acordo com a SES-MG, mais de 10% dos infectados com diagnóstico confirmado, um total de 8.849, precisaram de internação hospitalar nas redes pública e privada – o crescimento na taxa de ocupação de leitos de UTI e enfermaria despertou uma preocupação no Estado, que, nesta segunda-feira, inaugura leitos básicos no Hospital de Campanha do Expominas, em Belo Horizonte. Além disso, dados da pasta apontam um aumento de 958% nas hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) se comparadas as semanas epidemiológicas de 2019 com as deste ano.
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