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Sarampo

Crianças com menos de um ano receberão dose extra contra o sarampo

Vacinação começou hoje (22) em todo o Estado. Em Guaxupé, 600 crianças receberão a “dose zero” da vacina.

Publicado em 21/08/2019 às 01:58
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Crianças entre 06 meses e 11 meses receberão "dose zero" contra o sarampo. (Foto: Agência Minas)

Cerca de 130 mil crianças com idade entre 6 a 11 meses terão direito a receber a vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, em Minas Gerais. A imunização fora da faixa etária regularmente prevista no calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) é uma medida preventiva adotada pelo Ministério da Saúde, em decorrência dos casos da doença registrados no país. A vacinação dos menores de 1 ano não substitui as aplicações previstas quando a criança completa as idades estipuladas pelo PNI, que é de 12 e 15 meses. A determinação passa hoje (22) e vai vigorar por período indeterminado.

“As crianças com essas idades, entre 6 e 11 meses, são mais vulneráveis aos casos graves e óbitos causados pelo sarampo. Com base nisso, a medida se justifica, para que possamos ampliar a proteção a todos eles”, explica a coordenadora estadual do Programa de Imunizações, Josianne Dias Gusmão.

A coordenadora ainda ressalta que a chamada “dose zero” não substitui aquelas programadas pelo calendário nacional de vacinação da criança. “Além da dose que está sendo aplicada agora, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade, ou seja, com 1 ano de idade para a primeira dose e depois aos 15 meses para a segunda, quando vão tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral com varicela, respeitando-se o intervalo de 30 dias entre as doses”, recomenda. A vacina tríplice viral previne contra o sarampo, rubéola e caxumba.

Em Guaxupé

Em Guaxupé 600 crianças fazem parte da faixa etária entre 6 meses e 11 meses. Os pais podem levar os pequenos para ser imunizados em todos os posto de saúde onde há sala de vacina: PSF Parque II, Posto de Saúde da Mulher, PSF Vila Campanha e PSF Jardim Aviação.

“No caso das crianças que recebem a dose extra com mais 11 meses e 29 dias, os pais serão orientados no posto de saúde sobre a aplicação da dose quando a criança completa 12 meses”, explicou o enfermeiro de Vigilância Epidemiológica de Guaxupé, Cláudio Corsi.

O enfermeiro chama atenção para guaxupeanos que viajarem para as áreas onde há registro da doença, como região metropolitana de São Paulo. “ Se ele não recebeu a vacina, o ideal é se imunizar com pelo menos 10 dias de antecedência da viagem”, ressaltou Corsi.

Situação em Minas

A cobertura vacinal em crianças do estado está em 98,31% para a primeira dose e de 81,51% para a segunda. Já em relação aos casos da doença, desde o início de 2019, foram notificados 190 casos suspeitos de sarampo provenientes de 73 municípios em Minas Gerais. Desses, 71,1% (135/190) foram descartados; 26,8% (51/190) estão sob investigação; e 2,1% (4/190) casos foram confirmados.

A doença

O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, grave, transmissível, altamente contagiosa e comum na infância. A doença começa inicialmente com febre, exantema (manchas avermelhadas que se distribuem de forma homogênea pelo corpo), sintomas respiratórios e oculares.

No quadro clínico clássico, as manifestações incluem tosse, coriza, rinorréia (rinite aguda), conjuntivite (olhos avermelhados), fotofobia (aversão à luz) e manchas de koplik (pequenos pontos esbranquiçados presentes na mucosa oral). A evolução da doença pode originar complicações infecciosas com amigdalites (mais comum em adultos), otites (mais comum em crianças), sinusites, encefalites e pneumonia, que podem levar à óbito. As complicações frequentemente acometem crianças desnutridas e menores de um ano de idade.

A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por meio de secreções (ou aerossóis) presentes na fala, tosse, espirros ou até mesmo respiração. Na presença de pessoas não imunizadas ou que nunca apresentaram sarampo, a doença pode se manter em níveis endêmicos, produzindo epidemias recorrentes.


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