O município de Guaxupé apresentou o pior índice de investimento entre as cidades da região segundo o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), um levantamento da Federação das Indústria do Rio de Janeiro (FIRJAN). O IFGF faz referência a 2018 e avalia as contas de 5.337 municípios de todo o país, que concentram 97,8% da população brasileira. Construído com base em dados fiscais oficiais, declarados pelas próprias prefeituras, o índice é composto por quatro indicadores: IFGF Autonomia, IFGF Gastos com Pessoal, IFGF Liquidez e IFGF Investimentos. Os dados foram divulgados no fim do mês de outubro.
A metodologia do IFGF considera os quatro indicadores, em que a pontuação adotada varia de 0 a 1 ponto: quanto mais próximo de 1, melhor a situação fiscal do município. Com base neles, cada cidade é classificada nos conceitos:
. Gestão de Excelência - resultados superiores a 0,8 ponto.
. Boa Gestão - resultados entre 0,6 e 0,8 ponto.
. Gestão em Dificuldade - resultados entre 0,4 e 0,6 ponto.
. Gestão Crítica - resultados inferiores a 0,4 ponto.
Investimentos
Quando se trata da capacidade para investimentos, o município da região com melhor índice é Monte Belo, que ficou em 72º lugar no ranking estadual. Guaxupé ficou na 718º lugar, como mostra a tabela abaixo :
Município | Ranking Estadual | Ranking Federal | Índice |
Guaranésia | 72 | 732 | 0,8237 |
Monte Belo | 144 | 1361 | 0,6435 |
Nova Resende | 250 | 2178 | 0,4900 |
São Pedro da União | 274 | 2347 | 0,4651 |
Monte Santo de Minas | 277 | 2352 | 0,4644 |
Arceburgo | 370 | 2948 | 0,3859 |
Muzambinho | 414 | 3231 | 0,3540 |
Juruaia | 431 | 3282 | 0,3466 |
Guaxupé | 718 | 4781 | 0,1709 |
Fonte: FIRJAN
O índice de investimentos em Guaxupé vem sofrendo queda desde 2015, quando o município teve o pior índice.
Fonte: Firjan
No geral, apenas 3% da receita é o percentual destinado a investimentos, em média, por quase metade do país: 2.511 prefeituras (47% do total). O IFGF Investimentos mede a parcela da Receita Total dos municípios destinada a melhorias nas cidades. “Na prática, essas prefeituras não conseguem pensar no futuro de sua população, pois não investem em infraestrutura, escolas e hospitais bem equipados, por exemplo”, avalia Jonathan Goulart, gerente de estudos econômicos da Firjan.
IFGF
O Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) faz uma média dos quatro parâmetros analisados. Na região, a cidade com melhor índice foi Monte Belo, seguida por Nova Resende e Juruaia.
Município | Índice Estadual | Índice Federal | Índice |
Monte Belo | 16 | 203 | 0,8037 |
Nova Resende | 23 | 309 | 0,7683 |
Juruaia | 66 | 954 | 0,6550 |
Muzambinho | 79 | 1095 | 0,6372 |
Guaxupé | 80 | 1100 | 0,6360 |
Arceburgo | 98 | 1343 | 0,6065 |
São Pedro da União | 150 | 1836 | 0,5525 |
Monte Santo de Minas | 214 | 2335 | 0,4965 |
Guaranésia | 235 | 2496 | 0,4786 |
Fonte: FIRJAN
Gastos com pessoal
O IFGF Gastos com Pessoal avalia quanto os municípios gastam com pagamento de pessoal em relação ao total da Receita Corrente Líquida (RCL). Nesse item, 2.635 cidades brasileiras (49,4% do total) gastaram em 2018 mais de 54% da RCL com a folha de salário do funcionalismo público, ultrapassando o limite de alerta da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Entre esses municípios, 821 estão fora da lei por comprometerem mais de 60% da receita com esse tipo de despesa.
Na região, o pior IFGF Gastos com pessoal foi de Monte Santo de Minas, seguido por Arceburgo.
Município | Ranking Estadual | Ranking Federal | Índice |
Juruaia | 64 | 962 | 0,7623 |
Nova Resende | 76 | 1071 | 0,7322 |
Monte Belo | 84 | 1146 | 0,7078 |
Muzambinho | 89 | 1193 | 0,6919 |
Guaxupé | 91 | 1215 | 0,6868 |
Guaranésia | 273 | 2766 | 0,4456 |
São Pedro da União | 278 | 2490 | 0,4393 |
Arceburgo | 359 | 2939 | 0,3586 |
Monte Santo de Minas | 764 | 4512 | 0,0012 |
Fonte:Firjan
Liquidez
A relação entre o total de restos a pagar acumulados no ano e os recursos em caixa disponíveis para cobri-los no exercício seguinte fica por conta do IFGF Liquidez. Na prática, ele demonstra se as prefeituras estão postergando pagamentos de despesas para o próximo ano sem a devida cobertura. Em 2018, 1.211 municípios terminaram o ano sem recursos em caixa para cobrir despesas postergadas para 2019. “Elas estão no cheque especial”, compara Goulart. Essas cidades fazem parte do grupo de 3.054 (57,2% do total) que não planejou seus orçamentos de forma eficiente, segundo o estudo da Firjan.
A maioria dos municípios da região apresentaram bons resultados com as “contas em dia”. Juruaia, Muzambinho, Arceburgo, Nova Resende e Monte Belo ficaram nas primeiras colocações do ranking.
Município | Ranking Estadual | Ranking Federal | Índice |
Muzambinho | 1 | 1 | 1,000 |
Juruaia | 1 | 1 | 1,000 |
Arceburgo | 1 | 1 | 1,000 |
Nova Resende | 1 | 1 | 1,000 |
Monte Belo | 1 | 1 | 1,000 |
São Pedro da União | 134 | 1183 | 0,7809 |
Monte Santo de Minas | 163 | 1515 | 0,7095 |
Guaxupé | 178 | 1654 | 0,6862 |
Guaranésia | 535 | 4217 | 0,000 |
Fonte: Firjan
Autonomia
O único resultado positivo para Guaxupé foi no IFGF Autonomia. Em todo o Brasil, este indicador apresentou o pior desempenho nesta edição.
O IFGF Autonomia verifica a relação entre as receitas oriundas da atividade econômica do município e os custos para manutenção da estrutura administrativa. Nessa análise, constatou-se que 1.856 municípios (34,8%, ou seja, cerca de um terço do total) não se sustentam. De maneira geral, englobando todos os indicadores, o IFGF aponta que 3.944 cidades (73,9% do total) apresentam gestão fiscal em dificuldade ou crítica. Entre elas, há nove capitais (Florianópolis, Maceió, Porto Velho, Belém, Campo Grande, Natal, Cuiabá, Rio de Janeiro e São Luis).
*Com informações de FIRJAN
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