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Guaxupé apresenta pior índice de investimentos na região segundo FIRJAN

Índice leva em conta capacidade de investimentos, gastos com pessoal, autonomia do município e pagamento de contas.

Publicado em 06/12/2019 às 00:01

IFGF Investimento de Guaxupé foi o pior entre os municípios da região. (Foto: Divulgação)

IFGF analisa autonomia, gastos com pessoal, investimentos e liquidez. (Foto: Reprodução/ FIRJAN)

O município de Guaxupé apresentou o pior índice de investimento entre as cidades da região segundo o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), um levantamento da Federação das Indústria do Rio de Janeiro (FIRJAN). O IFGF faz referência a 2018 e avalia as contas de 5.337 municípios de todo o país, que concentram 97,8% da população brasileira. Construído com base em dados fiscais oficiais, declarados pelas próprias prefeituras, o índice é composto por quatro indicadores: IFGF Autonomia, IFGF Gastos com Pessoal, IFGF Liquidez e IFGF Investimentos. Os dados foram divulgados no fim do mês de outubro.

A metodologia do IFGF considera os quatro indicadores, em que a pontuação adotada varia de 0 a 1 ponto: quanto mais próximo de 1, melhor a situação fiscal do município. Com base neles, cada cidade é classificada nos conceitos: 

. Gestão de Excelência - resultados superiores a 0,8 ponto.

. Boa Gestão - resultados entre 0,6 e 0,8 ponto.

. Gestão em Dificuldade - resultados entre 0,4 e 0,6 ponto.

. Gestão Crítica - resultados inferiores a 0,4 ponto.

Investimentos 

Quando se trata da capacidade para investimentos, o município da região com melhor índice é Monte Belo, que ficou em 72º lugar no ranking estadual. Guaxupé ficou na 718º lugar, como mostra a tabela abaixo :

MunicípioRanking EstadualRanking FederalÍndice
Guaranésia727320,8237
Monte Belo14413610,6435
Nova Resende25021780,4900
São Pedro da União27423470,4651
Monte Santo de Minas27723520,4644
Arceburgo37029480,3859
Muzambinho41432310,3540
Juruaia43132820,3466
Guaxupé71847810,1709

Fonte: FIRJAN

O índice de investimentos em Guaxupé vem sofrendo queda desde 2015, quando o município teve o pior índice.

Fonte: Firjan

No geral, apenas 3% da receita é o percentual destinado a investimentos, em média, por quase metade do país: 2.511 prefeituras (47% do total). O IFGF Investimentos mede a parcela da Receita Total dos municípios destinada a melhorias nas cidades. “Na prática, essas prefeituras não conseguem pensar no futuro de sua população, pois não investem em infraestrutura, escolas e hospitais bem equipados, por exemplo”, avalia Jonathan Goulart, gerente de estudos econômicos da Firjan.

IFGF 

O Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) faz uma média dos quatro parâmetros analisados. Na região, a cidade com melhor índice foi Monte Belo, seguida por Nova Resende e Juruaia.

MunicípioÍndice EstadualÍndice FederalÍndice
Monte Belo162030,8037
Nova Resende233090,7683
Juruaia669540,6550
Muzambinho7910950,6372
Guaxupé8011000,6360
Arceburgo9813430,6065
São Pedro da União15018360,5525
Monte Santo de Minas21423350,4965
Guaranésia23524960,4786

Fonte: FIRJAN

Gastos com pessoal 

O IFGF Gastos com Pessoal avalia quanto os municípios gastam com pagamento de pessoal em relação ao total da Receita Corrente Líquida (RCL). Nesse item, 2.635 cidades brasileiras (49,4% do total) gastaram em 2018 mais de 54% da RCL com a folha de salário do funcionalismo público, ultrapassando o limite de alerta da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Entre esses municípios, 821 estão fora da lei por comprometerem mais de 60% da receita com esse tipo de despesa.

Na região, o pior IFGF Gastos com pessoal foi de Monte Santo de Minas, seguido por Arceburgo. 

Município Ranking EstadualRanking FederalÍndice
Juruaia649620,7623
Nova Resende7610710,7322
Monte Belo8411460,7078
Muzambinho8911930,6919
Guaxupé9112150,6868
Guaranésia27327660,4456
São Pedro da União27824900,4393
Arceburgo35929390,3586
Monte Santo de Minas76445120,0012

Fonte:Firjan

Liquidez

A relação entre o total de restos a pagar acumulados no ano e os recursos em caixa disponíveis para cobri-los no exercício seguinte fica por conta do IFGF Liquidez. Na prática, ele demonstra se as prefeituras estão postergando pagamentos de despesas para o próximo ano sem a devida cobertura. Em 2018, 1.211 municípios terminaram o ano sem recursos em caixa para cobrir despesas postergadas para 2019. “Elas estão no cheque especial”, compara Goulart. Essas cidades fazem parte do grupo de 3.054 (57,2% do total) que não planejou seus orçamentos de forma eficiente, segundo o estudo da Firjan.

A maioria dos municípios da região apresentaram bons resultados com as “contas em dia”. Juruaia, Muzambinho, Arceburgo, Nova Resende e Monte Belo ficaram nas primeiras colocações do ranking. 

MunicípioRanking EstadualRanking FederalÍndice
Muzambinho11

1,000

Juruaia111,000
Arceburgo111,000
Nova Resende111,000
Monte Belo111,000
São Pedro da União13411830,7809
Monte Santo de Minas16315150,7095
Guaxupé17816540,6862
Guaranésia53542170,000

Fonte: Firjan

Autonomia 

O único resultado positivo para Guaxupé foi no IFGF Autonomia. Em todo o Brasil, este indicador apresentou o pior desempenho nesta edição.

O IFGF Autonomia verifica a relação entre as receitas oriundas da atividade econômica do município e os custos para manutenção da estrutura administrativa. Nessa análise, constatou-se que 1.856 municípios (34,8%, ou seja, cerca de um terço do total) não se sustentam. De maneira geral, englobando todos os indicadores, o IFGF aponta que 3.944 cidades (73,9% do total) apresentam gestão fiscal em dificuldade ou crítica. Entre elas, há nove capitais (Florianópolis, Maceió, Porto Velho, Belém, Campo Grande, Natal, Cuiabá, Rio de Janeiro e São Luis).

*Com informações de FIRJAN

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