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Monte Belo

Cratera abre novamente e preocupa moradores do bairro Vila Rica

Em março do ano passado, duas casas foram "engolidas" pelo buraco, que ficou maior com as chuvas dessa quinta-feira (23), em Monte Belo.

Publicado em 24/01/2020 às 00:16

(Foto: Reprodução/EPTV)

Moradores do bairro Vila Rica, em Monte Belo (MG), já têm há mais de um ano a preocupação de que a cratera que se abriu no local aumente ainda mais. Foi o que aconteceu durante a chuva que atingiu a cidade nesta quinta-feira (23). Parte da terra cedeu e a cratera chegou perto de atingir duas casas, que foram interditadas.

“É triste. A gente mora aqui e fica preocupado. Cada dia vai cedendo mais. Cada vez que chove é esse problema. As manilhas vão se degradando e vai cedendo cada vez mais. A gente dorme preocupado. E espera que seja tudo resolvido o mais breve possível”, contou o eletricista José Ronei da Silva. 

José mora a 50 metros da cratera e teme que a casa seja atingida. “Já deu de vir para o lado de cá uma vez e agora continua cedendo para o lado de lá”. 

Com o período de chuvas, os moradores relatam que a situação tem se agravado e durante alguns dias é possível ver a terra ceder ainda mais. Houve rompimento de uma adutora nesta quinta-feira e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais teve que interromper o fornecimento de água. 

A Copasa informou que enviou funcionários ao local para avaliar a situação e normalizar o abastecimento para os moradores.

História antiga

Em novembro de 2018, um barracão que ficava no terreno cedeu. Em março de 2019, por conta da chuva outras duas casas desabaram, além de parte do asfalto.

Na época, a prefeitura e a Defesa Civil avaliaram a situação e retiraram moradores das casas. Os donos dos imóveis interditados passaram a receber o aluguel social da prefeitura. Até hoje, as casas seguem interditadas. 

Conforme o setor de obras, em 2019, parte das obras paliativas para contenção da cratera foi feita no local. Mas a prefeitura afirma que desde o início do problema tem projetos para tentar resolver a situação. 

“O licenciamento ambiental saiu, a gente já desenvolveu todo o projeto. Inclusive está na parte de licitações pra gente executar a obra, explicou o engenheiro da Secretaria de Obras, Giullian Costa. 

Ainda segundo o engenheiro, falta um complemento no projeto. “É pra ele funcionar melhor. Esse complemento está em Brasília para eles aprovarem. É o complemento do recurso pra gente executar o projeto eficiente e tem que ser completo”.

O projeto prevê a contenção de um muro e a reconstrução da estrutura e da pavimentação. “Porém, a água pluvial vai continuar jogando aqui. Então esse complemento seria uma bacia drenante, controlada e calculada, pra essa água poder drenar no solo e não vir a acontecer novos problemas”.

Segundo o prefeito, a preocupação inicial é com as famílias. “Hoje, são 10 casas, mais três casas foram interditadas, e a prefeitura continua pagando aluguel social pra essas famílias”, explicou Valdevino de Souza (PSD).

“Por outro lado, desde março quando aconteceu o fato, veio essa parte burocrática dentro do setor público. Foi um trabalho de engenharia, elaboração dos projetos. Agente foi a Brasília várias vezes através de captação de recursos. Porque uma recuperação dessa tem um custo alto, em torno de R$ 2 milhões. Estamos chegando na parte final, já está em licitação”. 

O prefeito acredita que as obras devem começar entre o fim de março e o começo de abril, após o período de chuvas. “Mesmo que o dinheiro que a gente conseguiu no Ministério da Defesa Social não der, a prefeitura vai arcar com recurso próprio. A gente pode garantir pro pessoal que essa obra vai ser feita”.

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