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CPI Copasa

Relatório aponta “futrica” e pede estudo para implantação de autarquia

Leitura do relatório aconteceu durante a 2ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal e gerou bate-boca que encerrou a sessão.

Publicado em 11/03/2019 às 21:36

Léo Moraes, ao centro, foi o relator da CPI. (Foto: Carol Negrão)

Trecho do relatório que aponta "futrica" de Mozart Farias. (Foto: Reprodução/ Whatsapp)

Relatório pede estudo para criação de autarquia (Foto: Reprodução/ Whatsapp)

Mozart Faria: "não me senti ofendido". (Foto: Carol Negrão)

Vereador Zetinho leu o relatório por duas horas. (Foto: Carol Negrão)

Pela segunda vez a Câmara Municipal de Guaxupé realizou Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o contrato entre o município e a Copasa. A comissão teve como relator o vereador Léo Moraes (PSDB), Chico Timóteo (PTC), como presidente, e Paulinho Beltrão (PRB) como membro. O documento recomenda que o Ministério Público de Minas Gerais investigue as alegações do ex-secretário de Meio Ambiente de Guaxupé, Mozart Faria, por denunciação caluniosa, e que a prefeitura faça estudo técnico para implantação de autarquia, além de pedir a rescisão do contrato com a Copasa.

A leitura do relatório, que tem 29 páginas, demorou duas horas. O documento concluiu que não houve venda da rede de esgoto, e sim, a concessão do serviço público. 

O relatório aponta ainda que a denúncia de Mozart Faria, de que teria ocorrido um desvio de R$2 milhões nos valores da transação não foram comprovados pela CPI. A comissão considerou o comportamento do ex-secretário como “irresponsável e leviano” e que não passou de “futrica”.

Bate-boca

O ex-secretário conversou com o Portal da Cidade Guaxupé e disse que não se sentiu ofendido pelos termos usados para se referir a ele no documento. “ Eu não afirmei nada e foi um comentário que saiu em uma reunião. E para encobrir algumas coisas erradas que estava acontecendo na ETE eles fizeram essa CPI para tirar o foco e atenção de lá. Meus advogados vão contestar”, alegou Mozart. 

O ex-secretário informou que pediu cópia do relatório e do áudio da reunião da comissão de meio ambiente, mas não recebeu os documentos.

Sobre ter as alegações taxadas como “futrica”, Mozart afirma que não se sentiu ofendido. “Não me senti ofendido por quem fez o relatório. Eu tenho 74 anos de idade e sou muito bem respeitado em Guaxupé, então estou acima do nível desse pessoal. É chato, desagradável, mas não me sinto ofendido”.

Mozart é defensor da implantação da autarquia de água e esgoto em Guaxupé. Para ele, a comissão indicar o estudo de viabilidade técnica para implantação da autarquia, é uma vitória. “Fiquei satisfeito. No que me ofenderam, me deram um voto de confiança no sentido de defender meu ponto de vista”.

Mas a calma do ex-secretário foi deixada de lado no momento em que usou a tribuna popular no fim da reunião para falar sobre o relatório. Mozart e o presidente da câmara, Léo Moraes (PSDB), que foi o autor do relatório bateram boca a reunião foi encerrada pelo presidente.

Veja o momento da discussão aqui.

O Portal entrou em contato com a Prefeitura Municipal na manhã desta terça-feira (12), o poder excutivo afirmou que aguardo o encaminhamento do relatório para se posicionar sobre os pedidos da CPI.

 


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