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Cpi dos Trevos

“O cidadão não pode ter prejuízo”, diz empresário à CPI da Iluminação dos Trevos

Juscelino Ferraz de Araújo foi a testemunha ouvida nesta quarta-feira (30) pela CPI. Segundo ele, valor pago pelo sistema foi o dobro do necessário.

Publicado em 30/10/2019 às 05:53
Atualizado em

Juscelino afirmou à CPI que instalação de sistema fotovoltaico poderia ter sido realizado pela metade do preço. (Foto: Carol Negrão)

Após término das perguntas da CPI, Jorginho questionou engenheiro sobre produção de 30% da energia consumida nos trevos. (Foto: Carol Negrão)

CPI realiza segunda oitiva na tarde desta quarta-feira (30). (Foto: Carol Negrão)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura suspeita de irregularidades na instalação do sistema de energia fotovoltaica dos trevos de Guaxupé ouviu a segunda testemunha nesta quarta-feira (30). Dessa vez o engenheiro elétrico Juscelino Ferraz de Araújo respondeu às perguntas feitas pelos vereadores Donizetti Luciano dos Santos (presidente da CPI), Paulinho Beltrão (relator) e Ari Cardoso (membro). A oitiva foi acompanhada pelo autor do pedido de CPI, o vereador Jorge Batista Bento da Paz.

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Em menos de meia hora a comissão questionou o engenheiro, que é dono da empresa RA Energia Solar sobre a possibilidade de prejuízo ao município. Segundo Araújo, a instalação dos postes com iluminação de LED e do sistema de geração de energia fotovoltaica seria de até R$900 mil. A prefeitura pagou R$1,9 milhão pelo mesmo serviço a empresa Ricel Instalação Elétrica LTDA há cinco anos.

A empresa de Juscelino não participou da licitação para a instalação do sistema fotovoltaico dos três trevos de acesso ao município na época. “ Minha empresa não participou porque ela é nova e o edital impedia que a minha empresa participasse”, explicou o empresário à comissão.

Juscelino foi questionado pela comissão sobre as razões pelas quais procurou um dos membros da CPI para falar sobre possibilidade de superfaturamento do serviço. “Sou cidadão e acredito que o país precisa ter nos políticos e o cidadão não pode ter prejuízo”, justificou.

Juscelino afirmou à CPI que estranhou o valor pago pelo serviço, e ofereceu-se para atualizar os valores de orçamento e enviar para os membros da comissão. “Seria entre R$900 mil e R$1 milhão. O valor das placas fotovoltaicas teve uma queda nestes cinco anos”, explicou aos vereadores.

Ao ser questionado sobre a produção de apenas 30% de energia pelo sistema fotovoltaico, o engenheiro disse desconhecer a informação. “ Não tenho informações sobre essas medições, mas poderia fazer”. A integração do sistema fotovoltaico dos trevos com a rede da Cemig é de responsabilidade da empresa vencedora da CPI, conforme previsto no edital de licitação.

O sistema de energia fotovoltaico dos trevos foi instalado há cinco anos. Na época o sistema foi apontado como inovador e que geraria economia à prefeitura, uma vez que a energia elétrica produzida a mais pelo sistema seria utilizada para abater na conta de luz de outros prédios públicos.

Na semana que vem a CPI vai ouvir representante da empresa Ricel Instalação Elétrica LTDA, responsável pela instalação do sistema.

O Portal da Cidade está à disposição da prefeitura caso o município deseje comentar o depoimento do engenheiro elétrico.

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