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Violência doméstica

Na contramão do Estado, Guaxupé não registra feminicídios em 2022

PM da cidade mantem ações preventivas com a Patrulha de Prevenção á violência doméstica, que registrou redução nos casos de lesão em 2022.

Publicado em 20/01/2023 às 13:33
Atualizado em

Cabo Luiz e Sargento Aline da PPVD. (Foto: Carol Negrão/ Portal da Cidade)

Enquanto o Brasil bateu recorde de feminicídio no primeiro semestre de 2022, Guaxupé vive em fase de tranquilidade em relação aos crimes contra a vida de mulheres. Desde 2018 a cidade não registra feminicídios e os crimes de lesão corporal contra mulheres tiveram queda de 30% em relação à 2021. è o que aponta o balanço da Patrulha de Prevenção á Violência Doméstica (PPVD), que estão em atuação na cidade desde maio de 2020.

"No ano de 2022 e nos anos anteriores nós não tivemos nenhum registro de incidência de feminicídio. Se não me engano o último registro de feminicídio que tivemos foi no ano de 2018. Essa situação da violência doméstica, as mulheres tiveram mais amparo, mais resguardo depois da implantação da instalação da Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica na cidade, que foi no ano de 2020, que nós iniciamos a nossas atividades aqui. E neste ano de 2022, nós registramos até uma diminuição de 30% dos crimes de lesão corporal praticado contra a mulher", explicou a Sargento Aline Fialho, que está à frente das ações da PPVD, acompanhada pelo Cabo Luiz, da 79ª Cia de PMMG, em Guaxupé.

As ações da patrulha tem o objetivo de prevenir a violência doméstica fazendo o acompanhamento de casos corriqueiros, envolvendo a mulher, vítima da violência, e o agressor. Ao longo de nove semanas a vítima é acompanhada pela patrulha. Na maioria dos casos, a PPVD consegue medidas protetiva para afastar o agressor da vítima. Para participar do programa, a Polícia Militar rastreia os casos de violência que acontecem com maior frequência. O programa conta com uma rede de apoio que envolve Defensoria Pública, Creas e Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. Neste ano, a PPVD conta com viatura plotada para identificação.

"A PPVD vem desenvolvendo Diversas atividades, blitz educativa, palestras e o acompanhamento do sistema de segunda resposta da PPVD, que consiste em procurar as vítimas de violência doméstica através dos boletins de ocorrência que são registrados na primeira resposta, e oferecer o acompanhamento. Então no ano de 2022 procuramos cerca de 130 mulheres, 31 delas foram inseridas no programa para receber acompanhamento mais próximo pela PPVD. temos conseguido reduzir esses números e apoiar as mulheres vítimas de violência doméstica mais efetiva", informou a Sargento.

Veja a entrevista completa:


Feminicídios em Minas 

Em 2021, Minas Gerais teve o maior número de feminicídios no Brasil com 154 ocorrências.

Já em 2022,  Brasil bateu recorde de feminicídios no primeiro semestre do ano. De acordo com dados publicados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 699 casos foram registrados entre janeiro e junho, o que representa uma média de quatro mulheres mortas por dia.

Em 2019, no mesmo período, foram registrados 631 casos. Dois anos depois, em 2021, 677 mulheres foram assassinadas em decorrência da violência de gênero.

Os dados foram coletados com as pastas estaduais de Segurança Pública e representam somente os crimes que chegaram a ser registrados.

Entre as regiões do país, o Norte liderou o aumento, com 75% a mais do que no primeiro semestre de 2019. Oeste, Sudeste e Nordeste registraram crescimento de 29,9%, 8,6% e 1%, respectivamente. Apenas na região Sul foi registrada uma queda de 1,7% dos casos.

Os dados coletados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública acompanham a promulgação da Lei do Feminicídio (13.104/2015), que considera o assassinato que envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

* com informações de ALMG e IBDFAM.

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