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Exodo 23

Delegados e policiais civis são alvo de investigação do Ministério Público

Operação "Exodo 23" foi realizada na manhã desta quinta-feira pela equipe do GAECO em Varginha e Elói Mendes.

Publicado em 05/12/2019 às 00:00

MP realiza operação em Varginha e Elói Mendes. (Foto: Thiago Luz/ EPTV)

O Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), pela Promotoria de Justiça da Comarca de Elói Mendes, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), núcleos Varginha e Passos, deflagrou, nesta quinta-feira (4) a Operação Êxodo 23, destinada a desmantelar organização criminosa instalada nas cidades de Elói Mendes e Varginha, composta por policiais civis, servidores do Departamento de Trânsito (Detran), receptadores e despachantes de veículos. Os alvos estão sendo investigados pela prática de diversos crimes, como organização criminosa, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, usurpação de função pública, inserção de dados falsos em sistema de informação, receptação qualificada e associação criminosa.

Com o auxílio das Polícias Civil e Militar, o MPMG cumpre 16 mandados de prisão e 21 de busca e apreensão, com alvos nas cidades de Elói Mendes e Varginha. Dentre os mandados, quatro são de prisão e outros quatro de busca e apreensão em desfavor de policiais civis, sendo um delegado de polícia. Um mandado de busca foi expedido para cumprimento no Detran da Delegacia de Polícia em Varginha. 

Apurou-se, em breve resumo, o pagamento de propina a policiais civis e servidores do Detran para favorecimentos em investigações envolvendo desmanches de veículos; retirada das anotações de sinistro dos documentos de veículos montados com peças produto de crime; que fossem atestadas falsamente vistorias não realizadas de fato pelos vistoriadores; agilização na expedição de documentos veiculares; autorização para que emplacamentos e lacrações ocorressem fora do órgão de trânsito. 

Além das prisões, foram fixadas medidas cautelares de proibição de exercício profissional relacionado ao objeto das investigações e afastamento das funções públicas. 

Participam dos trabalhos 53 policiais militares, 23 policiais civis, oito promotores de Justiça e 17 servidores do MPMG. Foram empenhadas ainda 25 viaturas. As investigações duraram aproximadamente 2 anos e foram coordenadas pelo Gaeco do MPMG. 

Investigações anteriores 

A operação é resultado de quatro investigações que se originaram de uma anterior apuração (Operação Calhambeque). Na oportunidade, foram oferecidas quatro denúncias e requeridas as prisões preventivas dos envolvidos. A primeira denúncia envolve três alvos e a prática dos crimes de corrupção ativa e passiva. A segunda envolve quatro denunciados e a prática dos crimes de corrupção ativa, passiva e falsidade ideológica. Já a terceira denúncia envolve dez investigados e a prática dos crimes de associação criminosa, inserção de dados falsos em sistema de informação, falsidade ideológica e receptação qualificada. A última denúncia envolve 18 alvos e a prática dos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, usurpação de função pública e falsidade ideológica.

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