Portal da Cidade Guaxupé

Janeiro Verde

Janeiro Verde alerta para o Câncer de Colo de Útero

Segundo Inca, câncer de colo de útero é o terceiro tipo que mais atinge as mulheres. Em 2018, mais de 6.500 pessoas morreram em decorrência da doença.

Publicado em 25/01/2021 às 05:02
Atualizado em

Dr.ª Amanda alerta para o Janeiro Verde. (Foto: Divulgação)

Estamos no mês de janeiro e o primeiro mês do ano recebeu a cor verde para alertar sobre os riscos do câncer de colo de útero. O câncer de colo uterino, ou cervical, é o terceiro em incidência entre as mulheres no Brasil, depois do câncer de pele e o câncer de mama. Segundo dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é que 16.590 casos de câncer de colo uterino foram registrados em 2020. Em 2018, 6.526 mulheres morreram por causa deste tipo de câncer.

Apesar da alta incidência, a prevenção ao câncer de colo de útero é simples como a realização de exames periódicos de Papanicolaou. “Depois de dois exames anuais consecutivos normais, a prevenção pode ser feita com o exame a cada 2,3 anos, segundo o ministério da saúde e a Federação Brasileira de Ginecologia”, explica a médica ginecologista e obstetra, Amanda Santos Cerávolo. Segundo a médica, a pandemia do Coronavírus provocou queda no número de exames preventivos no ano passado, o que acendeu o sinal de alerta entre os especialistas. 

“Em agosto de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta de preocupação com relação aos exames de rastreamento e reforçou sua estratégia global para eliminação do tumor cervical e de mamas, e admitiu que a pandemia de covid-19 poderia atrapalhar o diagnóstico precoce desses tumores, por possibilidade de queda da procura dos exames pela população neste período. Reforçou a importância das mulheres a não abandonarem os exames preventivos, tanto de câncer de colo uterino, quanto de mamas, visto que o tratamento e maiores chances de cura destes tumores estão diretamente relacionados ao diagnóstico precoce. O governo de Minas Gerais por sua vez, através da Secretaria de Estado de Saúde, emitiu nota técnica em junho de 2020, onde forneceu orientações para a manutenção dos serviços de rastreamento de câncer de colo uterino e de mamas, observando todos os cuidados de higiene prevenção de covid-19 durante os atendimentos.

Fatores de risco

O câncer de colo de útero está principalmente ligado ao vírus do HPV, mas outros fatores de risco podem contribuir com o desenvolvimento da doença, como hábitos ruins de tabagismo, falta de atividade física e não uso de camisinha. 

Amanda Cerávolo / médica / Muzambinho

Fatores de risco

A doença inicia-se, geralmente, por volta dos 30 anos de idade. O principal fator de risco é o contato recorrente com o vírus HPV, com infecções persistentes geradas por ele, vírus este sexualmente transmissível. Outros fatores de risco são o não uso de camisinha nas relações sexuais, idade precoce de vida sexual, múltiplos parceiros sexuais, presença de outras infecções sexualmente transmissíveis, tabagismo, dentre outros.

Amanda Cerávolo / médica / Muzambinho

Sintomas

De acordo com a médica, a doença começa de forma silenciosa e com poucos sintomas. “Inicialmente pode gerar sangramento vaginal sem explicação, às vezes com odor fétido, podendo gerar até dores em baixo ventre, lombares, anemias crônicas e mudança de hábitos urinários e intestinais em casos mais avançados”, explica. 

Prevenção

O uso de camisinha nas relações sexuais é uma das principais maneiras de evitar o câncer de colo de útero. Outra forma de prevenção é a vacinação contra o vírus do HPV. Desde 2014, o Ministério da Saúde implementou no calendário de imunização, a vacinação de meninos e meninas com idade entre 9 e 14 anos de idade, com duas doses da vacina em um intervalo de seis meses. Além do câncer de colo de útero, a vacina protege contra o câncer de pênis, garganta, ânus e verrugas genitais.

“A coleta de papanicolaou ou preventivo é a forma de prevenção de câncer cervical mais disseminada no mundo. De fácil realização e baixo custo, é uma forma muito importante de detecção precoce das lesões pré-câncer e que aumentam muito as chances de cura por este tumor. Segundo o ministério da saúde, ela é preconizada para todas as mulheres que já iniciaram a vida sexual, entre 25 e 64 anos de idade e a sua importância se dá no fato de possibilitar o diagnóstico muito precoce do câncer, com maiores chances de tratamento e cura para a mulher”, alerta a médica ginecologista.

De acordo com a Dr.ª Amanda, outro exame também é capaz de diagnosticar a presença da lesão na célula precocemente. “Outras formas de detecção precoce do vírus HPV estão disponíveis, como o exame de captura híbrida por exemplo, onde, através de um raspado de células cervicais, pode-se detectar geneticamente a presença do vírus, através de detecção do DNA do HPV. Importante afirmar porém que está é uma maneira de detecção em conjunto com a também realização do papanicolaou, sendo um exame complementar, e não substituindo a prevenção rotineiramente utilizada através do preventivo de citologia oncótica ( papanicolaou)”.

Serviço

Dr.ª Amanda Santos Cerávolo 

Médica ginecologista e obstetra- Clínica Ultramed

Avenida Dr. Américo luz, 468. Centro, Muzambinho.

Tel: (35) 3571-2127

Facebook: Dra. Amanda Santos Cerávolo 

Instagram: @Draamandasc

Fonte:

Deixe seu comentário