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Reclamação

Pistas de Skates de Guaxupé são alvo de reclamação dos praticantes da modalidade

Pistas do Poliesportivo municipal, Mogiana, e da praça em frente ao Parque de Exposições não estariam adequadas às normas para a prática de skate e BMX.

Publicado em 27/06/2019 às 00:27

Skatistas e ciclistas usam quadras e esportes coletivos para treinar. (Foto: Carol Negrão)

Com pista inadequada, quebra de equipamentos é frequente. (Foto: Carol Negrão)

Praticantes de BMX e Skate usam bancos para treinar. (Foto: Carol Negrão)

Poste no meio de pista de skate é alvo de reclamação de praticantes de esportes radicais. (Foto: Carol Negrão)

Grupo de Hip Hop treina em corredor do poliesportivo. (Foto: Carol Negrão)

Alambrados furados são usados para treinamento de BMX. (Foto: Carol Negrão)

As quadras de esportes coletivos como futsal, handebol, vôlei e basquete, são divididas com bicicletas e skate. Se ter onde treinar, os skatistas de ciclistas de BMX usam os bancos das quadras para ensaiar manobras. Entre eles estão esportistas premiados na região. Sem incentivo, os praticantes dos esportes radicais buscam apoio para conseguir condições mínimas para treinar.

Todas as terças e quintas-feiras os praticantes de BMX e Skate encontram-se nas quadras externas do Poliesportivo Municipal para treinar. Logo ao lado, há uma pista de com rampas e half, mas segundos os esportistas, o local é inadequado para a prática do esporte.

No meio da pista há um poste. (Foto: Carol Negrão)

“ Há um poste no meio da pista. Corre o risco de alguém bate nesse poste e machucar. Além disso, os ângulos estão errados. Foi dinheiro jogado fora para fazer essas pistas m Guaxupé”, explica o atleta de BMX Anderson Paulino.

Trincas nas rampas, concreto grosso e pedaços de vergalhões de fero aparente estão entre as reclamações dos atletas que cobram atenção ao esporte. “ Na cidade da família da Letícia Buffoni, não tem uma pista decente”, relembra o empreendedor Nelson Júnior, que há um ano pratica o BMX. Nelson se refere ao fato de a mãe da skatista com fama internacional, Letícia Buffoni, ser natural de Guaxupé.

“Como vai sair um talento daqui? Tem atleta de skate de Guaxupé que ganhou campeonato em Mococa. Era campeonato de manobra no solo. Como não temos local para treinar saltos, somente solo, ele foi lá e ganhou”, lembra Luiz Fabrício Martins Amaro Júnior, que há 20 anos é skatista.

Reforma 

Com a reforma do Ginásio Poliesportivo Municipal de Guaxupé, no Jardim Aviação, os skatistas e praticantes de BMX pedem atenção maior das autoridades para a reforma da pista. “Gostaríamos que eles fizessem a reforma do lado de fora primeiro, já que a prefeitura agora toma conta do SESI e lá tem quadra. Mas queríamos que nos ouvissem para não fazer uma obra que depois não vai ser usada porque está com os ângulos errados e pode causar acidentes”, diz Anderson.

Anderson Paulino usou tribuna da Câmara para falar sobre o problema durante audiência pública da LDO. (Foto: Carol Negrão)

A reclamação dos esportistas começou nas redes sociais onde um vídeo publicado mostrou a situação da pista e solicitou posicionamento dos vereadores. O grupo tem pressionado o poder legislativo, participando da Câmara Itinerante e cobrando projetos para os esportes radicais na audiência pública da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2020.

“Em Mococa (SP) fizeram uma pista boa, gastando R$35 mil, mas conseguiram isso ouvindo os praticantes”, frisa Anderson.

Hip Hop


Além dos esportes radicais, um grupo de hip hop usa o poliesportivo para o treinamento. Por causa da reforma do ginásio, o grupo treina no corredor de entrada sem iluminação. A falta de água potável também é outro ponto de reclamação. “ Sempre que chegamos para treinar temos que varrer o chão por causa da sujeira dos pombos”, explica o dançarino de break, Igor Ferreira Lopes.

O que diz a Prefeitura 

Segundo o secretário de Cultura, Esporte e Lazer de Guaxupé, Marcos Alexandre Buled, a municipalidade está aberta a receber as sugestões dos praticantes de skate, BMX e Hip Hop, mas explicou que problemas nas obras do Ginásio Poliesportivo foram antecipada por causa da reforma da caixa d’água.

O ginásio foi construído em 1988. E os efeitos do tempo causaram a corrosão da estrutura da caixa d’água que tem capacidade para 55 mil litros.

“Vamos dividir o complexo da Vila Olímpica; existe a parte externa, a parte interna e a reforma da caixa d’água. São três etapas. Os bombeiros foram fazer um treino na pista de atletismo e viram que o ângulo da caixa não estava linear e interditaram a caixa d’água. Houve uma licitação para obra e a empresa que ganhou, para variar, não cumpriu e foi inabilitada. E a segunda empresa vai assumir a obra”, afirma o secretário.

Mesmo com a interdição do ginásio para competição, os treinamentos continuavam, sem água. “Só que com o passar do tempo também começou a ficar uma situação complicada para os atletas porque não tinha água. Refizemos os horários e treinos foram para outras quadras”, justifica Buled. Durante a reforma, os atletas utilizam as quadras do Bela Vista, onde estão as tabelas de Basquete, além das duas quadras externa do Polivalente.

“Ficou de setembro até agora sem modalidade. Em 2004, na gestão do Dr. Heber, há a troca do piso, para o taco. Esse piso não é mais usado. E como ficou parada a obra da caixa d’água, choveu, as fezes dos pombos e a sujeira causaram o descolamento de parte dos tacos. Como o ginásio é de 88 e não segue normativas, o Eliton (secretário de Obras) fez um projeto para adequar e reformar o ginásio poliesportivo”, ressalta o secretário.

Sobre as pistas de skate, Buled afirma que as obras devem acontecer somente em 2020. “As duas quadras externas serão revitalizadas ainda este ano. A pista de skates está agendada para o ano que vem para colocar a reforma e modernização da pista de skate para o ano que vem. Tanto do Mogiana, quanto do poliesportivo que estão com todos os ângulos errados. O Eliton (secretário de Obras) está em contato com o pai de um dos atletas de skate para adequar, mas o processo é somente para janeiro, por causa do orçamento”, finaliza o secretário.


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