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Reclamação

Moradores da Vila Progresso atingidos por alagamentos ainda não receberam móveis

Bairro foi atingido por duas grandes enchentes em 2017 e em março do ano passado. Alguns reclamam que ainda não receberam móveis do município.

Publicado em 13/01/2020 às 22:48
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Última grande enchente da Vila Progresso aconteceu em março de 2019. (Foto: CBMMG)

Marília não recebeu os móveis que perdeu nos dois alagamentos. (Foto: Carol Negrão)

Na madrugada do dia 22 de janeiro de 2017, moradores da Vila Progresso foram surpreendidos pelo aumento súbito no nível do Rio Guaxupé. 22 famílias perderam móveis, roupas e eletrodomésticos. Quase três anos depois do fato, algumas famílias ainda não receberam móveis.

É o caso da faxineira Marília Taís Justino, de 20 anos. Segundo a faxineira, ela e o marido perderam todos os móveis. “Perdemos uma cama de casal, uma cama de criança, um guarda-roupa, que gente nem tinha terminado de pagar, era quase R$2 mil o guarda-roupa”, disse a faxineira enquanto mostrava o último protocolo feito junto à Secretaria de Desenvolvimento social, em maio do ano passado.

Marília perdeu móveis nas duas enchentes que atingiram o bairro. “Depois que perdemos os móveis da primeira vez a gente comprou tudo usado”, lembrou a faxineira que é mãe de duas crianças pequenas. Atualmente, Marília Mora com a mãe em uma edícula no Jardim Rosana.

Sobre a ajuda prestada na época, ela afirma que recebeu mantimentos. “Deram uma cesta básica e leite para gente, mas os móveis eu perdi tudo, inclusive o documento do meu marido”, explicou.

Chuva 

A Vila Progresso foi atingida por duas grandes enchentes num período de dois anos. A primeira, em janeiro de 2017, pode ter sido causada por uma cabeça d’água, quando há aumento do volume de água provocado pela chuva na cabeceira do rio. Nesta ocasião, o prefeito Jarbas Corrêa Filho decretou calamidade pública.

No segundo alagamento em março de 2019, 40 casa foram atingidas pela água durante uma tempestade. A prefeitura não decretou calamidade pública dessa vez.

Cobranças 

Em agosto do ano passado, o vereador Francis Osmar da Silva (PRB), pediu esclarecimentos à prefeitura sobre a situação da entrega de móveis para as famílias da Vila Progresso.

Na resposta da Secretaria de Desenvolvimento social, 14 famílias tinham recebidos os móveis e eletrodomésticos que perderam no alagamento de 2017.

O que diz a prefeitura 

Segundo o secretário de Desenvolvimento Social, Claudinei Vitor, somente as famílias atingidas pela enchente em 2017 têm direito a receber os móveis e eletrodoméstico de uso necessário, como geladeira e fogão.

“Isso aconteceu porque o prefeito Jarbinhas assinou o decreto de Calamidade Público, que permite ao município fazer essa doação. Mas no alagamento de 2019 não aconteceu isso e as famílias que foram atingidas no ano passado não vão receber essa ajuda”, explicou o secretário ao Portal da Cidade Guaxupé. 

Sobre as famílias que desde 2017 aguardam pelas doações, o secretário explica que aquelas que não receberam os móveis podem ter tido problemas na documentação. “Todas as pessoas que solicitaram os móveis e que provaram por meio da documentação foram atendidas. Os moradores tinham que provar que possuíam aquele bem, seja por meio de foto ou nota fiscal”, explicou. 

Ainda de acordo com o secretário, as famílias podem tentar na justiça o ressarcimento dos bens.

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