“Quando estudava no Delfim, as professoras me escondiam quando a inspetora vinha, porque não podia ter deficiente na escola normal. ” Essa foi uma das muitas situações enfrentadas pelo advogado Benedito Leite Ribeiro Neto, o Dito, quando ainda era criança. O motivo para ser escondido pelas professoras, é que Dito nasceu com baixa visão. Hoje, aos 50 anos, a realidade da vida do advogado e técnico agrícola é outra. Há dois anos ele perdeu totalmente a visão, o que não o impediu de começar novos desafios. “Faço corrida, academia. Eu gosto de me desafiar”, disse o Dito.
O advogado também foi um dos fundadores da Associação de Apoio aos Deficientes de Guaxupé (AADG) e membro do Conselho Municipal do Deficientes (COMDEF), que reúne representantes para debater e formular políticas públicas voltadas à inclusão de pessoas com deficiência.
Estima-se que no país 24% da população possua algum tipo de deficiência, o que representa 45 milhões de pessoas.
Mas antes de batalharem por um espaço na sociedade, muitos deficientes têm que enfrentar a falta abertura dentro da própria família.
“O primeiro contato social da pessoa com deficiência como qualquer outra pessoa é a família. O desenvolvimento dessa pessoa vai depender do olhar que a família tem com ela é feito um trabalho de despertar e de conscientização com a família para olhar para a pessoa com deficiência para alguém que tem potencial. É aberto um espaço onde é conversado com a família tanto quanto com a pessoa com deficiência. Para traçar projeto e planos sobre o seu desenvolvimento. Então eles são estimulados a ter a sua rotina e independência desde as tarefas mais simples dentro de casa até o mercado de trabalho”, explica a psicóloga da APAE de Guaxupé, Tatiana Balbino Chakur.
Segundo Tatiana, o trabalho desenvolvido na entidade também ajuda deficientes intelectuais a terem autonomia dentro de casa através do Centro DIA.
Comdef
Há dois anos Guaxupé conta com o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência ( COMDEF). O conselho é responsável por promover políticas de inclusão e fiscalizá-las. “Foi através do conselho que conseguimos batalhar pela carteira de deficiente para os usuários de transporte público, a adequação de calçadas para mobilidade, mas ainda muito a ser feito”, diz vice-presidente do Comdef, Ester Mesquita Trevisan.
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