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Centro de validação realiza testes de produtos e de cultivares de café

Centro de Validação utiliza área da Fazenda Experimental do IFSULDEMINAS em Guaxupé

Publicado em 23/07/2020 às 03:16

Centro de Validação testa insumos pra cafeicultura antes de uso nas lavouras. (Foto: IFSULDEMINAS)

Antes de chegar aos cafeicultores, os produtos criados com o objetivo de contribuírem com a qualidade do café precisam ser testados quanto a sua eficiência, custo benefício e garantia de serviço.

Com essa finalidade, o IFSULDEMINAS – Campus Muzambinho criou o Centro de Validação Tecnológico, local onde empresas podem estabelecer diferentes tipos de parceria para verificarem se seus produtos estão aptos para comercialização. O Centro faz parte da Fazenda Experimental de Guaxupé e trabalho com uma parceria entre o IFSULDEMINAS, a empresa júnior Agrifort e a Cooxupé. 

Atualmente o Polo conta com a coordenação do Professor Doutor Felipe Campos Figueiredo, com o trabalho da Supervisora Agropecuária, Eduarda Oliveira, com dois funcionários de campo da cafeicultura, Luís e Armando, além de 6 bolsistas responsáveis por diferentes contratos com as empresas. Os bolsistas são selecionados via edital aberto pelo Instituto. Atualmente trabalham no Polo os bolsistas: Otávio, João Pedro, Bruno, André, Renan e Luana. 

Integrante do Polo de Inovação do IFSULDEMINAS, o Centro de validação utiliza 10 hectares do espaço total para essas validações e tem cerca de 18 mil pés de café reservados para experimentos. Divididos em plot's de 1008 plantas cada, esses espaços são utilizados para experimentos de produtos de empresas que podem estabelecer parcerias via vitrine tecnológica, via validação tecnológica ou inovação. 

Vitrine tecnológica 

Foto: IFSULDEMINAS- Campus Muzambinho

A vitrine tecnológica funciona a partir do consórcio de empresas que desejem testar seus produtos de forma unificada, rateando os custos do experimento. 

Segundo a Supervisora Agropecuária, Eduarda Oliveira, atualmente esta sendo testado um tipo de adubo organomineral (adubo de liberação lenta). Esse teste é fruto de um consórcio entre cinco empresas e visa a comparação da eficiência e do custo benefício desse tipo de adubo frente a “testemunha” utilizada que, no caso, é o nitrato, um tipo de adubo químico. 

Para fazer esse teste são realizadas as aplicações dos produtos nos plotes selecionados, depois a avaliação nutricional da planta e do solo e a colheita. 

Nesse tipo de contrato da vitrine, não há cláusula de sigilo. Dessa forma, após os testes, os resultados são codificados para as empresas e depois são publicados pelos próprios alunos bolsistas responsáveis por cada experimento, em congressos e eventos da área. 

Validação tecnológica 

Já no tipo de contrato individual para validação tecnológica, há acordo de sigilo e os resultados são apresentados apenas para a empresa contratante que pode utilizar esses dados como achar conveniente. A publicação é realizada apenas com autorização e seguindo os termos da empresa.

Segundo a Supervisora Agropecuária, Eduarda Oliveira, a parceria com a Cooxupé é muito interessante nesse sentido uma vez que diversas empresas procuram a cooperativa para apresentar seus produtos sem validação. 

É nesse momento que a própria cooperativa encaminha essas empresas para o Centro de Validação para que possam testar seus produtos com imparcialidade e garantia de qualidade. 

Esse tipo de validação tem tempo de duração variável já que é necessário que se considere a bienalidade do café. Assim, anualmente, nos meses de setembro e/ou novembro é feito um relatório com todos os dados e avaliações, até que seja emitido o relatório final. 

Como validar um produto?


Foto: IFSULDEMINAS- Campus Muzambinho

O contato da empresa interessada no serviço de validação deve ser feito com o Coordenador da fazenda e do Polo de Inovação, Felipe Campos Figueiredo.

Após apresentada a demanda é acertado o número de plantas que serão submetidas ao teste, e é determinada a forma de tratamento e a estrutura do projeto como um todo. 

O empresário ainda pode ir ao polo de inovação conhecer a área, escolher o plot onde quer testar o produto e acompanhar a montagem do experimento que será acompanhado pelos alunos bolsistas e pelos funcionários integrantes do polo. 

O contrato de prestação de serviços é registrado pela empresa júnior Agrifort. Dessa forma, além de garantir um serviço de qualidade e imparcialidade para empresa contratante, também são beneficiados os alunos do curso de Agronomia que podem viver a prática administrativa e técnica de um experimento agrícola.

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